L Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia 2023

Dados do Trabalho


Título

Imunoterapia específica com alérgenos no tratamento da dermatite atópica em pacientes pediátricos: o que as mais novas evidências demonstram

Resumo

Introdução: A dermatite atópica (DA) é crônica e recidivante, se apresenta com pele seca e pruriginosa em pacientes com história pessoal ou familiar de atopia. Afeta 20% das crianças do mundo e possui altos custos e morbidade. A fim de reduzir os sintomas da exposição natural ao alérgeno, é empregada a imunoterapia específica com alérgenos (SIT), em quantidades progressivas do alérgeno até a hipossensibilização. Esta revisão visa responder a pergunta científica: quais as opções de SIT para DA em crianças, sua segurança e efetividade? Métodos : Revisão bibliográfica com base na Scientific Electronic Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e PubMed Central com os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) “Immunotherapy AND pediatric AND atopic dermatitis”. Foram encontrados 117 artigos dos últimos 5 anos, sendo excluídos os artigos duplicados, que não respondessem a pergunta científica, revisões, editoriais, relatos de caso e experiência e artigos que não estão disponíveis na íntegra, restando 6 como amostra. Resultados: Identificou-se que a SIT provoca níveis séricos aumentados de imunoglobulina G4 específica. O uso da SIT mostrou melhoras na gravidade e manifestações clínicas, além da prevenção de novas sensibilizações. A eficácia é mantida após o fim do tratamento e melhorada com tratamento prolongado. As opções de SIT são esquemas via sublingual ou subcutânea, com maior evidência a via sublingual, principalmente para ácaros. Os efeitos adversos, em geral, são leves e transitórios. Ainda que necessite de mais estudos, é apropriada a indicação de SIT para pacientes com DA que possuem resposta insuficiente ao tratamento e alergia a alérgenos aerotransportados dependentes de IgE. Conclusão: A SIT em pacientes pediátricos com DA demonstra melhora clínica, redução na gravidade da doença e de novas sensibilizações. Ainda que a escassez de estudos revele a necessidade de mais pesquisas, em casos específicos, é uma boa escolha de tratamento da DA.

Área

Dermatite atópica e de contato

Autores

Fernanda Helen Melo da Costa, Rosa Letícia Acioly de Castro, Carol Monique de Queiroz Oliveira, Isabella Boeno Oliveira , Letícia Rodrigues de Araújo , Marcos Reis Gonçalves