L Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia 2023

Dados do Trabalho


Título

Análise do uso de imunoterapia com alérgenos (AIT) para tratar a asma alérgica em pacientes pediátricos: eficácia, benefícios e segurança.

Resumo

Introdução: A asma é a doença crônica e causa de incapacidade mais comum da infância, caracterizada por inflamação das vias aéreas, hiperreatividade brônquica e hipersecreção de muco. O fenótipo mais comum é a asma alérgica, desencadeada por inalação do alérgeno sensibilizante. Esta revisão visa responder a pergunta científica: quais as opções de imunoterapia com alérgenos (AIT) para asma em crianças, sua eficácia, benefícios e segurança? Metodologia: Revisão bibliográfica realizada a partir de buscas na Scientific Electronic Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e PubMed Central com os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Immunotherapy AND pediatric AND atopic dermatitis”. Dos 785 artigos dos últimos 5 anos, foram excluídos os duplicados, que não respondessem a pergunta ou indisponíveis na íntegra, revisões, editoriais e relatos, restando 31 artigos. Resultados: Após análise, identificou-se que a AIT, com duração ideal de 3 anos, apresenta redução na eosinofilia no escarro, melhorias na função pulmonar e hiper-responsividade brônquica, níveis séricos e salivares aumentados de IgG4 específica, regulação do equilíbrio imunológico Th1/Th2 e Th17/Treg no sangue periférico diminuindo a expressão de citocinas IL-4, IL-5 e IL-2 específicas do alérgeno, provocando tolerância de células T antígeno-específicas induzida. Demonstrou-se melhora nos escores de sintomas, na auto percepção da doença e redução do uso de outros medicamentos. A AIT pode ser mono ou multialérgenos, sendo os principais: ácaro, alternaria e pólen. O esquema de tratamento com AIT pode ser subcutâneo, sublingual ou ainda na modalidade de imunoterapia rápida(RIT) associada a 1 dose de pré-tratamento anti-IgE, ambas com bons resultados e sem reações adversas significativas. Conclusão: A AIT é efetiva na melhora clínica, nos parâmetros imunológicos e na redução de drogas de resgate. Portanto, é uma opção segura e eficaz, com potencial de alteração intrínseca no curso da doença.

Área

Asma e lactente sibilante

Autores

Rosa Letícia Acioly de Castro, Fernanda Helen Melo da Costa, Isabele Martins Freitas, Bianca Firmino de Melo, Eduarda Chagas Santos Brandão, Isabelly Maria Pereira Ramos, Lilian Gabriele Correia de Aguiar Nascimento , Marcos Reis Gonçalves