Dados do Trabalho

Título

Asma em associação com polipose nasossinusal: a eficácia de um imunobiológico

Resumo

Introdução: A rinossinusite crônica com pólipos nasais cursa de forma frequente em associação com asma de início na vida adulta, acarretando impacto laboral e na qualidade de vida. Atualmente, dispõe-se de terapêutica disponível eficaz que atua de forma simultânea em ambas as morbidades. Relato de caso: Paciente, 37 anos, masculino, acompanhado no serviço terciário com diagnóstico de asma e rinossinusite crônica com polipose nasossinusal bilateral (inflamação tipo 2). Antecedente pessoal: três sinusectomias (2003, 2007, 2020) por ausência de controle prévio com corticoide nasal em altas doses, pulsos de corticoide oral e recidiva da polipose nasossinusal com comprometimento importante da qualidade de vida - SINOT 22 = 54 e ACT = 21. Foi indicada a associação do imunobiológico dupilumabe ao tratamento instituído (budesonida spray nasal 600 mcg/dia, beclometasona aerosol 800 mcg/dia, prednisolona oral 40 mg/dia por duração variável). Após seis meses de tratamento o paciente evoluiu com excelente resposta clínica, com redução da polipose nasossinusal, controle total da asma e desmame da corticoterapia - SINOT 22 = 4 e ACT = 25. Discussão: O dupilumabe inibe as principais interleucinas envolvidas na inflamação tipo 2 (IL-4 e IL-13). Na asma, reduz a taxa de exacerbação e o uso de corticoide oral. No caso em questão, até mesmo o corticoide inalado foi retirado. Já na rinossinusite crônica com pólipos nasais, o dupilumabe reduz o tamanho dos pólipos, a opacificação dos seios paranasais e a gravidade dos sintomas. Além disso, é uma medicação bem tolerada, com poucos efeitos colaterais. Dessa forma, o dupilumabe pode ser considerado uma excelente opção, segura e eficaz para o tratamento de pacientes com ambas as doenças.

Área

Asma e lactente sibilante