Dados do Trabalho

Título

Impacto substancial da pandemia de COVID-19 no diagnóstico de pacientes com AIDS em Alagoas

Resumo

Objetivo: Avaliar o impacto da pandemia de COVID-19 na quantificação de pacientes diagnosticados com AIDS entre os anos de 2017 a 2021 em Alagoas. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte, com abordagem quantitativa e observacional, realizado por meio da análise de informações coletadas do Sistema de Informação e Agravos de Notificação (SINAN), disponíveis na plataforma do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), para a avaliação epidemiológica de casos incidentes de AIDS no período de 2017 a 2021 no estado de Alagoas. Foram coletadas informações de acordo com a filtragem por faixa etária, sexo, etnia, escolaridade, ano de diagnóstico e ano de notificação, município de residência e a categoria de exposição hierarquizada: homossexual, bissexual, heterossexual, hemofílico, transfusão, acidente com material biológico e transmissão vertical. Resultados: Durante o período analisado foram notificados 1917 novos casos de AIDS no estado, sendo esses números distribuídos dessa forma: 2017, 442 novas notificações; 2018, 445; 2019, 347; 2020; 334, 2021, 349. O ano de 2020 apresentou uma diminuição de 18,76% em relação à média de notificação anual dos 3 últimos anos. Em 2021, apesar do aumento em relação ao ano anterior, houve um decréscimo substancial de 15,15% de novos casos em comparação a média anual dos anos de 2017, 2018 e 2019. A faixa etária mais acometida foi a de 25-29 anos, totalizando 14,60% dos casos. Em relação à categoria de exposição, os relacionamentos heterossexuais dominaram com 43,18% das formas de contaminação. Conclusão: O impacto da pandemia de COVID-19 foi significativo no diagnóstico da AIDS. Restrições de mobilidade, interrupção de serviços de saúde e redirecionamento de recursos resultaram em quedas na realização de testes de HIV e não acesso aos serviços de prevenção e tratamento no estado de Alagoas. Isso levou a atrasos nos diagnósticos, aumentando o risco de transmissão e do desenvolvimento natural da doença.

Área

Imunodeficiências