L Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia 2023

Dados do Trabalho


Título

“Alergia ao Suor” - Urticária Colinérgica (UCol): Perfil de pacientes de um Centro de Referência e Excelência em Urticária (UCARE)

Resumo

Introdução: A UCol possui o suor como uma característica compartilhada entre todas as hipóteses fisiopatológicas, todavia, diferentemente, da urticária ao calor, a UCol está diretamente ligada ao aquecimento sistêmico, e não ao calor incidido sobre a pele.
Métodos: Estudo retrospectivo realizado através de coleta de dados em prontuários de pacientes com UCol de ambulatório UCARE, no período de 2018-2023. Os pacientes foram caracterizados por dados demográficos, comorbidades, teste de provocação (Teste de Provocação em Urticária Colinérgica HUCFF-UFRJ) e tratamento.
Resultados: Doze pacientes identificados, 6 eram do sexo feminino e 6 do masculino. A idade média foi de 25,5 anos. O início dos sintomas ocorreu em uma idade média de 17 anos. Sete pacientes apresentaram atopia ( 6 com rinite alérgica e uma com asma). Nenhum apresentou hipotireoidismo ou outra autoimunidade. Três pacientes também apresentavam outra Urticária
Crônica Induzida (01 Urticária Vibratória, 02 dermografismo) e um paciente apresentava Urticária Crônica Espontânea.
Anti-histamínicos na dose usual foram prescritos para três pacientes, duplicada para 4 pacientes e dose quadruplicada para cinco pacientes. Devido a sintomas refratários à terapia com anti-histamínicos, 3 pacientes foram tratados, adicionalmente aos anti-histamínicos (dose quadruplicada), com omalizumabe para controle da doença. Todavia, destes, apenas um
apresentou bom controle, até o momento.
Conclusões: A UCol, ainda, é subdiagnosticada e traz consequências a qualidade de vida e, principalmente, a pratica regular de atividade física pelo paciente. O teste de provocação é essencial para descartar diagnósticos diferenciais como a anafilaxia induzida pelo exercício e a vasodilatação reflexa ao exercício. Até o momento, não há tratamento específico aprovado
além dos anti-H1, mas o omalizumabe pode ser uma opção eficaz. Maiores estudos são necessários para a melhor compreensão da prevalência e incidência desta patologia no Brasil.

Área

Urticária e angioedema

Autores

Guilherme Gomes Azizi, Sérgio Duarte Dortas Jr, Rossy Moreira Bastos Jr, Kelielson Cardoso de Macêdo Cruz, Omar Rosa Santos Lupi, Solange Oliveira Rodrigues Valle