Dados do Trabalho

Título

Impacto clínico da pandemia de COVID-19 em pacientes com Hipogamaglobulinemia (Hgg)

Resumo

Introdução: A pandemia do coronavírus-2 (SARS-CoV-2) afetou os indivíduos de forma diferente, com impacto significativo nas populações de alto risco, entre elas portadores de Hgg. Método: Análise retrospectiva da evolução clínica de pacientes com Hgg em relação a COVID-19 obtidos por dados de prontuários de hospital terciário, no período de abril de 2020 a abril de 2023. Feita análise por cálculo de medidas descritivas para variáveis quantitativas. Resultado: Dos 30 pacientes avaliados, 60% eram do sexo feminino e 56,7% ≥ 60 anos. Histórico de infecções de repetição ocorreram em (80%) dos pacientes, autoimunidade em (43%), alergia em (63%) e neoplasia em (23%). Os fatores de risco para Covid-19 complicada foram: idade avançada (55,1%), hipertensão (33,3%) e diabetes mellitus (10,3%). Vacinas contra a Covid-19 de diferentes plataformas foram aplicadas, sendo: 5 doses em 41,3%; 4 doses em 24,1%; 3 em 10,3% e 2 doses em 10,3% dos pacientes. Dos 30 pacientes avaliados, (30%) tiveram Covid-19 confirmada por PCR. Deste total, os 4 pacientes que tomaram 5 doses de vacina e 1 paciente que tomou 2 doses, não precisaram de internação. Dos pacientes que tomaram 4 doses, 3 tiveram Covid-19, 2 necessitaram de internação por infecção secundária. Um paciente que tomou 3 doses e 1 que tomou 2 doses tiveram Covid-19, precisaram de internação e foram a óbito por infecção secundária. Ambos eram idosos, portadores de asma e rinite e histórico de 5 e 4 internações por pneumonias antes de iniciar o uso de IgIV. Conclusão: Nossos pacientes com Hgg que se vacinaram com 5 doses, apesar da infecção por SARS-CoV-2 não apresentaram doença grave, o que demonstra a importância desta recomendação mesmo em pacientes que possam responder de maneira menos eficaz à vacina. Óbitos na nossa população ocorreram em pacientes com menor cobertura vacinal, que apresentavam antecedentes de múltiplas pneumonias.

Área

Imunodeficiências