Dados do Trabalho

Título

Reações adversas à imunoterapia subcutânea (ITSC) para aeroalérgeno em serviço terciário.

Resumo

Introdução: A ITSC é caracterizada pela administração de alérgenos em doses crescentes, para
induzir tolerância imunológica em pacientes alérgicos e auxiliar no controle da doença. Mesmo
sendo um tratamento seguro, podem ocorrer reações adversas locais ou sistêmicas.
Objetivamos avaliar as reações adversas em pacientes submetidos à ITSC e a orientação para
futuras aplicações. Método: Estudo observacional, analítico e retrospectivo de prontuários de
pacientes em fase de manutenção de ITSC. As reações locais, foram classificadas em leves
(pápula), moderadas (nódulo < 4 cm) ou graves (nódulo > 4 cm) e sistêmicas. Feita análise
estatística por teste Z, teste de Wilcoxon, teste de McNemar e regressão logística. Resultados:
Analisados 154 pacientes, idades entre 5 a 75 anos (média de 26.12, DP 18.06), totalizando 226
reações à IT, sendo 5 sistêmicas. As concentrações da ITSC que os pacientes apresentaram
reações adversas foram 10-1 (77,06%), 10-2 (18,81%), 10-3 (2,29%) e 10-4 (1,83%). As reações
foram leves em 83,6%, moderadas em 12,4% e graves em 4%. As principais condutas para
tratamento das reações locais foram: utilização de compressas frias (77,11%), anti-histamínico
(AH) após a reação local (31,34%), início de AH antes da próxima aplicação (19,4%),
fracionamento da próxima dose a ser aplicada (10,9%) e utilização de corticoide tópico (2%).
Das reações sistêmicas, observamos 2 broncoespasmos, 2 episódios de exacerbações de rinite
e 1 episódio de urticária, os quais, utilizaram-se AH oral (25%), beta-agonista adrenérgico
(25%), corticoide oral (18,75%), AH intramuscular (6,25%), corticoide endovenoso (6,25%),
adrenalina intramuscular (6,25%), além da redução da concentração das aplicações posteriores
em 12,5% dos casos. Conclusão: Observamos que as reações adversas se apresentaram com
maior frequência em concentrações mais altas, sendo as reações leves mais prevalentes. O
manejo médico no atendimento da crise e planejamento futuro garante segurança ao
paciente.

Área

Imunoterapia e imunobiológicos